quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Constatações II


Somos tão altruístas quanto mentirosos!

Hoje, ao passar na rua vi um casal, vindos de países de leste, sentados num banco de um jardim a comerem pedaços de pão, notavelmente ressequidos, guardados numa saca de plástico. No rosto deles eu consegui ver, além da fome, uma tristeza e vergonha profunda por se encontrarem naquela situação, com certeza não viveram a vida toda nesta precariedade. Senti uma pena que nem consigo explicar, uma pena que sinto sempre que vejo um velhinho a pedir esmolas na rua, sempre que vejo crianças a passar fome. A verdade é que não parei para ajudar. Nunca parei. Vim até casa a pensar naquele casal, que poderia ter ajudado. Bastava dirigir-me a um restaurante e pagar-lhes um almoço. Num restaurante, não requintado, teria conseguido uma dose de comida para eles por pouco mais de 6€ e teria ficado mais leve, mais satisfeita por ter ajudado alguém. O facto é que nunca tenho coragem para fazer isso. E sinto uma imensa vergonha por isso.


Sentimos sempre pena quando vemos alguém a passar dificuldades, mas nunca ajudamos.


6 comentários:

Juh disse...

Para a Próxima não existes vai!!!:D

Ju Fuzetto disse...

Flor!!

Nunca é tarde para ajudar alguém!!

Ajude da próxima vez!!

Um beijo

Patty ;D disse...

Que liindooo :*

Cátia Barbosa disse...

Quando me pedem dinheiro, ofereço sempre de comer. Sempre :)

anafilática disse...

Obrigada pelo comentário. Este teu blog tb está mt interessante.

Assumires que não tiveste coragem já é um bom princípio. E o teu sentimento, não diria de pena mas sim consciência, denota que tens bom coração.

Bjinho e td d bom

Mariane Reis disse...

É muito difícil pra mim sentir pena. Já te expliquei muitas vezes o porquê. Logo, não me sinto na obrigação de ajudar. Agora, quem diz que tem pena realmente tem de o fazer. Senão, minha flor, é hipocrisia da maior.
Tinhamo*

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