sexta-feira, 16 de abril de 2010
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Kiwis
sábado, 3 de abril de 2010
pensamento do mês
sexta-feira, 2 de abril de 2010
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Segredos II
Tenho um incontrolável medo da velhice.

Há uns dias atrás quando estava a regressar a casa para férias, vinha no autocarro e, como sempre, a pensar imenso. Surgiu-me então a ideia de falar destes meus segredos: medos, manias, pancas, sentimentos, etc. Comecei a apontar nos rascunhos do telemóvel alguns dos tópicos sobre os quais queria falar e, a dada altura, senti um braço a cair sobre mim.
Ao meu lado estava sentada uma senhora idosa. Adormeceu durante a viagem e sem dar conta deixou o seu braço cair sobre mim. Quando acordou e reparou, a senhora ficou envergonhada mas não foi capaz de dizer uma única palavra.
Senti que aquela mulher teve vergonha de ser velha e de ter adormecido. Com isto apercebi-me do meu medo da velhice.
Tenho medo da solidão que me pode assolar. Medo do desprezo. Medo do abandono. Medo das doenças. Medo da perda dos movimentos. Medo da perda da lucidez. Mas tenho principalmente medo de não saber envelhecer, de achar que serei sempre a eterna menina, de me tornar ridícula quer por ser conservadora, quer por ser liberal de mais. Tenho medo de não encontrar o equilíbrio.
Eu tenho avós e sei que podia ser uma neta muito mais presente e só não o sou por preguiça. E é, talvez, por este abandono que dou aos meus avós que tenho tanto medo de envelhecer.
Ao meu lado estava sentada uma senhora idosa. Adormeceu durante a viagem e sem dar conta deixou o seu braço cair sobre mim. Quando acordou e reparou, a senhora ficou envergonhada mas não foi capaz de dizer uma única palavra.
Senti que aquela mulher teve vergonha de ser velha e de ter adormecido. Com isto apercebi-me do meu medo da velhice.
Tenho medo da solidão que me pode assolar. Medo do desprezo. Medo do abandono. Medo das doenças. Medo da perda dos movimentos. Medo da perda da lucidez. Mas tenho principalmente medo de não saber envelhecer, de achar que serei sempre a eterna menina, de me tornar ridícula quer por ser conservadora, quer por ser liberal de mais. Tenho medo de não encontrar o equilíbrio.
Eu tenho avós e sei que podia ser uma neta muito mais presente e só não o sou por preguiça. E é, talvez, por este abandono que dou aos meus avós que tenho tanto medo de envelhecer.
O que acham que o vosso futuro vos reserva para a velhice?
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